Mont St.-Michel – um verdadeiro cartão-postal, bem perto de Paris

Estático, imobilizado num cartão-postal, o lugar já impressiona: um vilarejo medieval murado, que parece se equilibrar precariamente nas encostas de um pequeno morro, com uma abadia encarapitada bem no topo. Mas o que torna o Mont Saint-Michel verdadeiramente mágico não são apenas sua história e sua arquitetura. É preciso lembrar também de uma incontrolável força da natureza. Por lá, a subida da maré é tão violenta que pode ser assistida como um show. Em pouco mais de uma hora, o mar inunda o charco em volta das muralhas e transforma o monte numa ilha.

A MARÉ

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A chave para programar uma viagem ao Mont Saint-Michel está na tábua das marés. O espetáculo de efeitos especiais da natureza só acontece nas marés altas, em períodos de luas cheia e nova, em dois horários por dia. São as chamadas “marés vivas”. O site oficial da cidade informa os horários das marés, que mudam diariamente. Se a sua viagem à França ocorrer em época de maré morta, deixe a escapulida ao Mont Saint-Michel para uma próxima.

VÁ – E FIQUE

Há quem vá e volte, a partir de Paris, no mesmo dia, mas isso não é aconselhável. A viagem é longa – são 3h45 de percurso (2h20 de TGV até Rennes, mais 1h20 de ônibus, em conexão imediata). E nem sempre os horários do bate-volta permitem que se aprecie a maré. Finalmente, porque ver o monte iluminado à noite é um privilégio de quem dorme por lá. O site das ferrovias francesas vende a passagem integrada trem + ônibus (para conseguir a tarifa mais baixa, compre com 90 dias de antecedência).

DENTRO OU FORA?

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Existem vários pequenos hotéis dentro das muralhas. Os mais básicos têm diárias a €70, mas os realmente confortáveis, como o Mère Poulard, podem sair por mais de €200 em períodos de maré viva. Se você não se importar de caminhar meia hora até o monte, pode ficar na zona hoteleira do continente, onde hotéis funcionais como o Mercure cobram menos de 100. Veja todos os hotéis, dentro e fora do monte, no Booking.

DEU CREPE

A ruazinha principal tem quase tantos vendedores de crepe quanto lojinhas de souvenir. Aproveite que você está na divisa entre a Normandia e a Bretanha e experimente as panquecas dos dois tipos. As de farinha branca e recheio doce são normandas e se chamam, exatamente, crêpes; as de trigo sarraceno e recheio salgado são bretãs e devem ser pedidas como gallettes. A especialidade da ilha, contudo, são as omeletes recheadas com um creme à base de claras, inventadas por Mère Poulard (onde chegam a custar € 45), mas pirateadas por todos os restaurantes do pedaço.

DE CARRO

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O Mont Saint-Michel é o encerramento perfeito para uma viagem à Bretagne e à Normandia. E também funciona, se você quiser, como extensão de um passeio pelo Vale do Loire (que está a 290 quilômetros de Tours). Paris fica a 360 quilômetros.

Via blog viajenaviagem.com

Paris Sempre Paris
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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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