Passeando ou melhor “flanando” por Paris, a maioria das pessoas nem se dá conta de que estão literalmente pisando em um museu a céu aberto. Cada esquina, cada prédio, cada escultura é uma imensidão de história. E com as pontes não é diferente. Hoje vou falar aqui da Pont de la Concorde, que fica entre a Praça da Concórdia (margem direita) e o Quai d’Orsay (margem esquerda). Ficou conhecida como Pont Louis XVI e Pont de la Révolution durante a Restauração Bourbon (1814), e novamente em 1830, Pont de la Concorde, o nome que mantém até hoje.
O arquiteto Jean-Rodolphe Perronet foi contratado em 1787 para construir esta nova ponte. Ela tinha sido planejada desde 1755, quando foi iniciada a construção da atual Praça da Concórdia. A construção continuou em meio às turbulências da Revolução Francesa, com pedras retiradas da prisão Bastilha.
Em 1810, Napoleão I colocou ao longo dos lados da ponte as estátuas dos oito generais franceses mortos em combate durante as campanhas do Primeiro Império Francês. Durante a Restauração Bourbon estas estátuas foram substituídas por doze monumentais estátuas de mármore, incluindo quatro dos “grandes Ministros” ( Suger, Sully, Richelieu, Colbert), quatro generais (Du Guesclin, Bayard, Condé, Turenne) e quatro marinheiros (Duguay-Trouin, Duquesne, Suffren, Tourville). Todavia, esta coleção de estátuas se revelou pesada demais para a ponte, e Luís Filipe I as transferiu para Versalhes.
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O tráfego na ponte tornou-se muito congestionado e a estrutura teve de ser ampliada em ambos os lados entre 1930 e 1932, dobrando a largura da ponte original. Os engenheiros Deval e Malet, no entanto, tiveram o cuidado de preservar a arquitetura neoclássica original. A ponte foi reformada pela última vez em 1983. Hoje em dia, esta ponte suporta tranquilamente o peso do tráfego rodoviário desta grande metrópole chamada Paris.
Fontes pesquisadas: Paris.com / Carnavalet.paris.fr / Wikipedia / Google Images