Metrô de Paris: a história das entradas das estações mais charmosas do mundo

O design das charmosas entradas do Metrô de Paris é resultado do trabalho do arquiteto francês Hector Germain Guimard (1867-1942), que propôs um projeto evidenciando o estilo Art Nouveau para atrair os parisienses a usarem este novo modo de transporte. Este projeto revelava ao público, em 1900, o estilo Art Nouveau, um estilo até então só conhecido pelas classes mais ricas e bem instruídas.

 

Inspiração

Guimard projetou duas opções para as entradas do Metrô: algumas com um telhado de vidro e outro sem ele. O arquiteto foi muito inspirado pelas formas da natureza, como fez em outras obras. Desde a sua concepção foram construídos entre 1900 e 1912, 141 entradas de Metrô, dos quais 87 são mantidos até os dias atuais, distribuídas em 61 estações.

Estas charmosas entradas para as estações do Metrô estão espalhadas pela cidade, porém somente as estações Porte Dauphine (Place du Paraguay, instalada próxima do local onde era o criadouro de faisões de Marie-Antoinette, esposa do rei Louis XVI) e Abbesses (que originalmente pertencia à estação Hôtel de Ville até 1974) são preservadas com suas “edículas” de vidro originais, com desenho em forma de leque aberto (foto abaixo). Há ainda uma terceira estação cuja entrada é idêntica, porém trata-se de uma réplica produzida no ano de 2.000 para a estação Châtelet (na Place Sainte Opportune).

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O modelo mais simples de entrada sem tampa de vidro inclui uma placa que diz “Métropolitain” entre duas luminárias com formas orgânicas, como se fossem hastes de flores onde uma lâmpada em forma de lágrima é envolto por uma folha, como os Lírios do Vale e outras flores (foto-detalhe abaixo).

 

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Com o passar dos anos, o projeto de Guinard tornou-se um dos símbolos mais marcantes de Paris para os turistas.
Hoje, a maior parte das entradas da linha 12 ainda estão em estilo Art Nouveau, enquanto que as entradas construídas a partir dos anos 1920 em diante foram projetadas por outros arquitetos, com um estilos cada vez mais modernos e minimalistas.

Pelo Mundo

Réplicas deste projeto foram exportados para outras três cidades do mundo: Lisboa, Cidade do México e Moscou, Vale lembrar que hoje, além de Paris só existe um lugar no mundo onde a criação de Hector Guimard pode ser admirada em sua forma original: Montreal, no Canadá. É que em 1967 o transporte RATP de Paris doou uma das entradas do Metrô para aquela cidade, que naquele ano iniciava as obras de seu Metrô (inspirado nas estações parisienses). Esta estação está situada na Praça da Estação Victoria, em Montreal (foto abaixo).

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Como o projeto é modular, foi possível desmontar, transportar e montar a estrutura no Canadá sem maiores danos, porém alguns detalhes como o poster, o mapa do Metrô e os suportes para as lâmpadas são reproduções feitas durante uma restauração realizada entre 2001 e 2003. Os azulejos brancos sim, são os mesmo usados em Paris. Na época, o prefeito de Montreal Jean Drapeau estava em visita oficial à Paris e presenciou a desmontagem da entrada da estação Étoile (hoje Charles de Gaulle-Étoile) para obras de modernização, sugerindo a transferência daquela estrutura para sua cidade.

Conheça mais sobre o estilo aplicado por Guimard, no vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=sazsDYOXVis

Quem foi Guimard

Hector Guimard (Lyon, 1867 – Nova Iorque, 1942), arquiteto e desenhista industrial, francês, é considerado o artista mais representativo do movimento Art Nouveau francês.

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Estudou na Escola de Belas Artes de Paris onde mais tarde foi também professor. É o principal protagonista do movimento Art Nouveau na França.

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Guimard não ficou famoso por seus edifícios (um dos poucos conhecidos é a Casa Coilliot, situada em Lille – veja vídeo abaixo) mas é muito lembrado pelo estilo das estações do Metrô de Paris, uma das marcas desta cidade onde usou o ferro fundido e vidro em adornos criativos com motivos vegetais.

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Ele também se destacou no design de móveis e objetos decorativos Art Nouveau.

Conheça um pouco mais da Casa Coilliot, em Lille, no vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=fDZ2l204fyk

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Fontes pesquisadas: Wikipedia / pt.wikiarquitectura.com

 

 

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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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