A Conciergerie é o vestígio principal do antigo Palácio da Cidade, que foi residência e sede do poder real francês do século X ao século XIV e que se estendia sobre o local em que hoje está o Palácio de Justiça de Paris. Atualmente, o edifício estende-se pelo Cais do Relógio, sobre a Ilha de la Cité, no 1º arrondissement de Paris. Foi convertido em prisão do Estado em 1392, após o abandono do palácio por Carlos V e seus sucessores.
A prisão ocupava o andar térreo do prédio, beirando o Cais do Relógio e as duas torres ; o andar superior era reservado ao Parlamento. A prisão da Conciergerie era considerada como a antessala da morte, durante a época do Terror (Revolução Francesa). Poucos dela saíam livres. A Rainha Maria Antonieta (foto abaixo) foi aprisionada na Conciergerie em 1793, saindo daí para morrer na guilhotina.
Em 6 de Abril de 1793, o Tribunal Revolucionário instalou-se no primeiro andar do prédio, na antiga grande sala do Parlamento de Paris. O promotor público Fouquier-Tinville organizou seus escritórios no mesmo andar, entre as Torres Cesar e do Dinheiro. A partir daí, todos os prisioneiros detidos nas diferentes prisões de Paris, assim como em algumas prisões das províncias, e que deveriam comparecer perante o tribunal, foram progressivamente transferidos para a Conciergerie. Seu número não parou de aumentar, sobretudo após a votação da “Lei dos Suspeitos”, em 17 de Setembro.
Os detentos que tivessem comparecido perante o Tribunal Revolucionário que acontecia no Palácio de Justiça de Paris, adjacente à Conciergerie, e tivessem sido condenados à morte não eram trazidos de volta para suas celas. Eram imediatamente separados dos outros prisioneiros e conduzidos, os homens para o anexo traseiro ao prédio, as mulheres para pequenas células situadas no corredor central. Assim que o carrasco e seus ajudantes chegava, todos eram reagrupados em um vestíbulo batizado como “sala de toalete” para serem despojados de seus pertences pessoais, terem seus cabelos cortados e serem amarrados. Enquadrados por policiais, os condenados – algumas vezes às dezenas – atravessavam a sala do guichê e ganhavam o Pátio de Maio, que dava para a Rua de la Barillerie. Era lá que os detentos aguardavam as carroças que os conduziria até a guilhotina.
Fonte: Wikipedia