10 curiosidades sobre Napoleão que você (provavelmente) não conhecia

Histórias sobre Napoleão Bonaparte (15 de agosto de 1769 / 5 de maio de 1821) não faltam. Não é para menos: de jovem aspirante militar a Imperador, Napoleão colecionou histórias, conquistas e muitos inimigos. Seria quase impossível resumir sua vida em um único artigo, por isso reuni aqui, 10 curiosidades sobre uma das figuras mais emblemáticas de todos os tempos. Pesquisei por sites especializados e biografias em diversos idiomas, livros de história e conversei com professores especialistas no assunto. Algumas das coisas citadas, até hoje não se sabe se são histórias reais ou lendas que são alimentadas até os dias atuais. Vamos a elas:

1 – Josefina, a primeira escolhida

A primeira mulher de Napoleão foi Josefina de Beauharnais, ou Marie Josèphe Rose Tascher de la Pagerie. Consta que o imperador gostava tanto dela que adotou os filhos do seu primeiro casamento como se fossem seus. Reza a lenda que na noite de núpcias com Josefina, Napoleão foi atacado pelo cãozinho de estimação dela, que lhe mordeu a perna.

2 – A decepção de Beethoven

Provavelmente em 1802, ao terminar a Terceira Sinfonia, Beethoven colocou-lhe o título de “Buonaparte”, seguido do subtítulo “para celebrar a memória de um grande homem”. O nome permaneceu até o dia 2 de dezembro de 1804, data da coroação formal do agora Napoleão I na catedral de Notre-Dame. Um dos momentos mais notórios da História ocorreu nesta noite, onde, com um ato surpreendente, Napoleão I retirou a coroa das mãos do Papa Pio VII, que viajara especialmente para a cerimônia, e ele mesmo se coroou, numa postura para deixar claro que não toleraria autoridade alguma superior à dele. Logo após também coroou sua esposa, a imperatriz Josefina.

A postura de Napoleão, provocou um acesso de fúria em Beethoven, que achou aquilo um ato de tirania. O músico arrancou o nome de Napoleão do topo da partitura, rasgou o papel em dois e o jogou no chão. Depois, rasurou o título da folha de rosto da obra, que foi renomeada para “Eroica” (vídeo acima).
Como mostra a biografia de Beethoven: “A Música e a Vida”, do americano Lewis Lockwood, o compositor nutria grande admiração por Napoleão Bonaparte, mais por sua vida que por suas conquistas. “Assim como ele próprio, Napoleão tinha origens humildes e conseguira ascender graças ao talento”, afirma Lockwood.

3 – O Imperador contra as minorias

O imperador é considerado por Claude Ribbe, autor do livro “Os crimes de Napoleão”, como um dos precursores da filosofia de Hitler. Segundo o escritor, o francês proibiu militares negros de morar em Paris, barrou casamentos entre raças diferentes e revogou a abolição da escravatura nas colônias. Ele também teria criado campos de concentração na Córsega e na ilha de Elba.

4 – Responsável por milhões de mortes

Suas batalhas para conquistar a Europa causaram um número assustador de mortes. Calcula-se que o total de baixas nos conflitos napoleônicos, entre civis e militares, fique entre 3,5 e 6,5 milhões. Esses números têm relação direta com os exércitos gigantescos do Imperador. Só para invadir a Rússia, ele reuniu 650 mil homens – um terço dessa força lutou em Borodino. Na maior vitória e na maior derrota, respectivamente em Austerlitz (imagem acima) e em Waterloo, eram cerca de 70 mil homens reunidos.

5 – Nunca desfilou pelo Arco do Triunfo

O Arco do Triunfo, é parada turística obrigatória para quem visita Paris. Mas nem todo mundo sabe que os desenhos do monumento fazem referência a batalhas travadas pelas tropas napoleônicas. O arco começou a ser construído em 1806 quando o exército francês fazia uma campanha militar para lá de bem sucedida. No ano anterior, o império conquistou uma de suas principais vitórias na Batalha de Austerlitz, numa região que corresponde à atual República Tcheca. Nesse confronto, o exército francês venceu as tropas austro-russas, apesar de ter menor número de soldados que o inimigo. Os historiadores consideram a batalha uma obra-prima tática de Napoleão, o que evidenciou sua genialidade como estrategista militar. No monumento, podemos ver gravados os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Os nomes grifados são os que morreram em batalha.

Veja aqui a lista com todos os nomes de militares que constam no Arco do Triunfo

Apesar de ter planejado a homenagem, Napoleão nunca chegou a ver o Arco do Triunfo pronto. A obra só ficou pronta em 1836, 15 anos após a morte do imperador e 21 anos após a derrota em Waterloo.

Leia nosso artigo sobre o Arco do Triunfo

6 – O chapéu que pagava a conta do bar

Dos 120 chapéus que o imperador usou durante seu governo, apenas 19 tiveram o destino conhecido. Boa parte deles está em coleções particulares na França e inacessível ao grande público. Um dos exemplares pode ser apreciado no Café Le Procope, em Paris, considerado o café mais antigo no mundo, onde o jovem General Napoleão Bonaparte (ainda um ilustre desconhecido), costumava deixar seu chapéu como garantia de que voltaria para quitar a dívida (pelo jeito já existia o “fiado” naquela época). Como o chapéu ainda está lá, exposto no andar superior do restaurante, consideramos que o último drink não foi devidamente pago. Em 2014, um chapéu de duas pontas, usado por Napoleão, foi leiloado por 1,89 milhão de euros.

Leia nosso artigo sobre o Le Procope e o coloque em seu próximo roteiro

7 – O primeiro (e único) livro de Napoleão

Napoleão era um homem de muitos talentos. Além de ser um brilhante líder militar, estadista, legislador e reformador, foi também escritor – ele escreveu um romance intitulado Clisson et Eugenie. No entanto, esse romance de apenas 9 páginas, foi montado a partir de vários rascunhos e publicado apenas em 2008. Napoleão escreveu o romance, inspirado no seu relacionamento fracassado com a futura rainha da Suécia Desidéria Clary, quando ele tinha apenas 26 anos de idade. Em 2007, os manuscritos originais desta obra foram leiloados em Paris por 24 mil euros.

8 – Vítima dos tablóides ingleses

Durante a expedição militar no Egito em 1798, (veja gravura acima, assinada por Jean-Léon Gérôme) Napoleão foi informado sobre o caso de adultério de sua amada esposa Josefina com o Tenente da Cavalaria Francesa, Hipólito Carlos. Não é preciso dizer que ele ficou furioso. Napoleão escreveu a seu irmão José Bonaparte, futuro Rei de Nápoles, da Espanha e das Índias, revelando sua decepção pela infidelidade de Josefina. A carta, não se sabe como, foi parar nas mãos de alguns tabloides britânicos e logo, Napoleão teve sua vida amorosa revelada por toda a Europa. Ainda bem que não existia internet naquela época.

9 – Morte ainda é um mistério

O Imperador morreu no dia 5 de maio de 1821. A causa da morte pode ter sido um câncer no estômago originado por uma úlcera. Uma outra versão sobre a morte de Napoleão diz que ele teria sido envenenado com arsênico pelo médico francês Francesco Antommarchi, que o estava tratando. Antommarchi era um anatomista que pouco entendia de doenças. Isso acabou irritando o paciente, que o recebia a cusparadas e insultos. Essa versão dos fatos nunca foi comprovada.

10 – Até hoje, todos o reverenciam em sua tumba

Conta-se que sua tumba, no Hôtel des Invalides, foi planejada para que os visitantes, para vê-la, precisariam baixar a cabeça como forma de reverência ao Imperador alí sepultado, por isso sua cripta foi estrategicamente posicionada bem abaixo da linha dos olhos do público. Quando estiver em Paris, faça o teste…

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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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