5 estátuas femininas em Paris que você precisa conhecer

Paris é um museu a céu aberto e conhecer todas as suas histórias é praticamente impossível para qualquer um de nós. Em cada rua e em cada esquina há uma história escrita, seja em uma edificação, um obelisco, um museu, uma praça e muitas, muitas esculturas e estátuas. Neste artigo selecionamos 5 personagens femininas ligadas à Paris e que estão eternizadas pelas ruas, praças, parques e museus da cidade. Procuramos contar um pouco da história de cada uma delas para você. Confesso que foi um grande desafio selecionar somentes as obras citadas aqui. Sinal que temos material para mais um artigo. Confira!

Joana d’Arc

Passeando pela famosa Rue de Rivoli, na Place des Pyramides, em frente ao Hotel Regina, você encontrará a estátua eqüestre dourada de Joana d’Arc, santa protetora da França, obra de 1874 assinada por Emmanuel Frémiet (1824-1910). Em 1429, bem próximo dali onde foi erguida a estátua na praça das Piramides, Joana d’Arc havia sido ferida tentando tomar Paris, das mãos dos Ingleses. Por essa localização simbólica e politicamente estratégica, o monumento hoje certamente é o mais conhecido de Paris, e talvez no mundo, em homenagem à santa.
Além dessa estátua, existem outras 11 homenageando a heroína, em Paris.

Leia nosso artigo completo sobre a vida de Jona d’Arc

Estátua da Liberdade

No cantinho mais famoso da Île aux Cygnes, fica a mais famosa das Estátuas da Liberdade de Paris (existem outras unidades espalhadas pela cidade).

Obra de Frédéric Auguste Bartholdi, o mesmo autor da estátua original de Nova Iorque, a estátua foi oferecida à cidade pela Comunidade Americana de Paris e inaugurada para a Exposição Universal de 1889, com a presença de seu criador.

A escultura tem 11,5m de altura (sem contar a base) e pesa 14 toneladas.

Originalmente foi instalada em um dos pilares da ponte de Grenelle e era voltada para a Torre Eiffel (inaugurada no mesmo período), o que não agradou seu autor.

Já em 1937, ela foi posicionada em direção à sua irmã em Nova Iorque e em 1968 foi deslocada para a ponta da ilha, local em que se encontra até hoje.

Curiosidade

No livro que a estátua segura, podemos ver duas datas: 4 de julho de 1776, dia da declaração da independência dos Estados Unidos, e 14 de julho de 1789, dia da Queda da Bastilha.

Santa Genoveva

Santa Genoveva é uma santa francesa nascida em Nanterre, perto de Paris, no ano 420. Desde os 10 anos, ele vive uma vida de abstinência e consagração a Deus. No ano de 451, Genoveva, por causa de suas crenças, orou dia e noite com outras mulheres para convencer os homens parisienses a não fugirem, deixando a cidade aos bárbaros hunos que já haviam saqueado as cidades de Metz e Reims e seguiam para Paris.

Afirma-se que os hunos, quase que por milhagre, além de não invadir Paris, ainda abandonaram misteriosamente, pouco tempo depois, as outras cidades próximas já conquistadas.

Desse momento em diante todos passaram a enxergar em Genoveva uma grande alma e uma grande líder a quem o povo recorria sempre em casos de necessidade.

Santa Genoveva morreu em 502, aos 82 anos e suas relíquias se encontram na igreja de St-Etienne-du-Mont, perto do Panteão, em Paris.

Em 1928, Paul Landowski, o mesmo escultor que criaria pouco depois o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, ergueu uma estátua da santa na Pont de la Tournelle, sobre o rio Sena.

Curiosidades

01 – Landowski idealizou a obra para a mesma ficar voltada para a Notre Dame, porém a administração da cidade preferiu posicioná-la para o lado leste, que é de onde deveria chegar o exército huno, comandado por Átila no ano de 451. O escultor ficou indignado com a decisão da prefeitura e não compareceu à cerimônia de inauguração.

02 – A criança segurando a nau (barco, símbolo da cidade), que completa a escultura, representa a cidade de Paris, que sempre foi protegida pela Santa.

Leia nosso artigo completo sobre a vida de Santa Genoveva

Vênus de Milo

Uma das obras de arte mais intrigantes e visitadas do Museu do Louvre, a Vênus de Milo encanta pessoas de todo o mundo. A história da sua descoberta e aquisição pela França não é clara, e circularam muitas versões desde sua descoberta em 8 de abril de 1820.

Segundo uma das versões, a obra, de 2,02 m de altura, datada do século II a.C. foi encontrada enterrada, pelo camponês Yorgos Kentrotas, perto da cidade antiga da ilha de Milo, na Grécia, então parte do Império Otomano. Kentrotas estava extraindo pedras para construir um muro em torno de sua propriedade. Por acaso, um cadete naval francês, Olivier Voutier, estava com ele. Aficcionado pela arqueologia, Voutier incentivou Kentrotas a continuar a cavar, conforme deixou registrado:


“Um camponês estava retirando pedras das ruínas de uma capela soterrada. Vendo-o parar e olhar para o fundo do buraco, fui até ele. Havia desenterrado a parte superior de uma estátua em muito boas condições. Ofereci-lhe pagamento para que continuasse a escavação. E, de fato, logo ele encontrou a parte inferior, mas ela não encaixava na outra. Depois de buscar com mais cuidado, ele encontrou a peça central”.

Resumindo a história, em dezembro do mesmo ano, a Vênus de Milo, adquirida pela França, chegou a Paris e um ano após sua descoberta, em 1821, chegou ao Museu do Louvre. Os responsáveis queriam restaurá-la por completo, colocando o pé e o nariz ausentes, além de seus braços. Após uma longa polêmica, decidiu-se pela não restauração, já que podiam cometer um erro quanto ao posicionamento dos mesmos.

Leia nosso artigo completo sobre a Vênus de Milo

Dalida

Dalida foi uma cantora e atriz francesa, nascida no Egito de pais italianos. Em 1954 foi vencedora do concurso de Miss Egito e começou sua carreira como cantora em 1956, chegando a vender mais de 170 milhões de álbuns e singles em todo o mundo.

Dalida, morou em Montmartre, bairro que amava e em homenagem a ela, por meio de um decreto de 5 de dezembro de 1996, a Prefeitura de Paris inaugurou a “Praça Dalida”.

Um busto de bronze foi instalado nesta praça em 24 de abril de 1997, para marcar o 10º aniversário de sua morte.

Hoje, o local é ponto de encontro de fãs e admiradores de todo o mundo.

A praça fica na junção das ruas Girardon e l’Abreuvoir (considerada a rua mais bela de Paris, destaque na série da Netflix “Emily em Paris”).

O busto é de bronze, em tamanho natural e foi esculpido pelo artista francês Aslan (Alain Gourdon), que tamém é o responsável pela estátua da cantora em seu túmulo no cemitério de Montmartre. A estátua da Praça Dalida parece olhar eternamente para a rue de l’Abreuvoir e para a Sacre-Coer.

Sob o busto podemos ver uma placa com a inscrição: “YOLANDA GIGLIOTTI, conhecida como DALIDA, cantora atriz, 1933-1987”. Dalida morreu em 1987, vítima de suicídio.

Curiosidade

Os seios da escultura estão um pouco desgastados pelo toque das mãos de milhares de turistas. Segundo a lenda, quem tocá-los terá sorte no amor… Será?

Estátua, Escultura e Monumento. Qual é a diferença?

As três são estruturas artísticas que se assemelham em alguns aspectos, mas que também apresentam importantes diferenciações.

A estátua consiste em uma obra criada para a representação de uma entidade real ou imaginária (peças descritas neste artigo).

A escultura corresponde a uma arte que faz a representação de imagens plásticas em relevo total ou parcial.

E o monumento compreende uma estrutura criada por motivos simbólicos ou comemorativos, ou seja, para comemorar um acontecimento importante.

E você? Qual obra de arte de Paris merece ser destaque em um de nossos artigos? Deixe sua sugestão nos comentários!

Fotos: Wikimedia Commons

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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

3 Comments

  1. Avatar Vera Edler disse:

    Belo artigo, Rogério. Conheço todas as obras de arte divulgadas no texto, são lindas. Importante divulgar, também, informações sobre a bela e intrigante Vitória de Samotrácia!

  2. Avatar Tom Pavesi disse:

    Muito legal Rogerio! Realmente essas 5 mulheres, ícones de Paris, merecem uma visita e que a história delas sejam sempre lembrada, compreendida e nunca esquecida. Parabéns por mais esse sensacional artigo! Abraços!

  3. Avatar Claudete Dias disse:

    Muito legal, o artigo sobre as estátuas femininas! Conheço todas mas não a história ( exceto a de Joana D’Arc) e olhe q sou historiadora e morei duas temporadas em Paris , no doutorado e pós doutorado!
    Valeu

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