Dica de leitura – Dormi em Paris, acordei na França

Com ênfase em relato pessoal, livro que será lançado dia 2/12 no Rio de Janeiro reaviva lembranças de quem já visitou a França e sugere criativos caminhos para quem ainda não esteve por lá.

Em sua estreia na literatura, o economista Luiz Fernando Teixeira de Macedo narra, em Dormi em Paris, acordei na França (Editora Autografia), experiências vivenciadas por toda a França. Muito mais como um diário de bordo do que um guia de viagens, o livro sugere roteiros e passeios pela capital francesa e esticadas por várias regiões e cidades, entre elas Giverny, Bayeux, Strasbourg, Toulouse, Biarritz, Annecy e Avignon.

Fruto da paixão desenvolvida após 16 idas a Paris, o título terá lançamento com sessão de autógrafos no dia 02 de dezembro, às 19h, na Livraria Timbre, no Shopping da Gávea. Ao mesmo tempo em que incentiva a escrita sobre experiências pessoais de outros apaixonados por viagens, Luiz Fernando destaca no livro “Personalidades” da arte, da política e da História francesa e diz por que as escolheu.

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“Sobre algumas dessas personalidades só ouvi falar depois da sétima ou oitava ida a Paris. Dentre elas destaco a feminista revolucionária Olympe de Gouges, que liderou, à época da Revolução Francesa, movimento por uma vida mais digna para a mulher; Sabine Zlatin, enfermeira que abrigou crianças judias como ela durante a Segunda Guerra Mundial; o pintor Delacroix; e o imperador Napoleão III”, conta Luiz Fernando.
Dormi em Paris, acordei na França é a experiência que o autor viveu quando, ao visitar Paris e mais três capitais na primeira viagem que fez à Europa, em 1982, descobriu a França. Para ele, a cada visita a Paris é uma nova oportunidade de descoberta e contemplação.
Dentre diversos relatos de experiências fascinantes, o autor lembra da emoção que sentiu ao saber que uma igreja que chamou sua atenção pela arquitetura, foi, na verdade, o local onde o tataravô, embaixador do Brasil na França, morto em Paris, foi velado.

Além de “Andanças” por Paris e “Escapadas” por toda a França, o livro apresenta ainda “Estórias na História”, pequenas crônicas com personagens fictícios em diferentes épocas da vida francesa.

O texto da Orelha é da antropóloga Luciana Freire e o da contra capa, da jornalista Sabrina Wurm, que está na Sorbonne, fazendo mestrado em Comunicação e Informação.

O escritor aproveitou o momento e conversou com a redação do blog Paris Sempre Paris:

Paris Sempre Paris – Como você vê o mercado literário no Brasil para quem está iniciando por este caminho? Acredita que há abertura para os novos escritores?

Luiz Fernando Teixeira de Macedo – Essa é uma pergunta instigante. Esse é meu primeiro livro e, claro, minha inexperiência como escritor limita minha opinião ao prazer e à incontida emoção por estar publicando essa primeira obra. Vejo o mercado em ascensão, inclusive e principalmente nas novas gerações de leitores. Quer pelos convidativos últimos eventos literários no país e no exterior, quer pela qualidade da escrita, que tem se mostrado criativa e inovadora, especialmente entre adolescentes e jovens universitários.E olha que a concorrência eletrônica é cruel. Num outro dia, no metrô, percebi a acirrada disputa entre os celulares e livros e jornais. Os celulares estavam ganhando feio….
Há abertura sim para novos escritores. Vão sobreviver os que forem criativos e contarem com um competente apoio de edição. No meu caso, a Autografia, editora jovem e dinâmica, preencheu com sobras minha expectativa.

PSP – Este livro com certeza lhe trouxe uma ótima experiência como escritor, mas qual a contribuição você acredita que ele tenha trazido para os amantes de Paris e a França ou aqueles que nunca visitaram aquele país?

LFTM – Eu costumo dizer que Paris é inesgotável. Haverá sempre alguma novidade a ser descoberta em Paris! Deixo isso bem claro na minha narrativa, às vezes até meio exagerada, quando insisto no prazer da contemplação. Para os que já conhecem, induzo a buscar novos achados pelas ruas, praças, museus, teatros, calçadas.E que além das sugestões de guias e blogs, alguns de muito boa qualidade, devem ser descobertas alternativas para desfrutar de novos prazeres disponíveis por toda a França. E isso está bem presente em todo o livro.
E que disponibilizem um bom tempo para fazer nada pelas ruas e avenidas.Se forem para o interior a escolha deve ser apenas por um ou dois destinos.
A vontade de voltar para conhecer um mundo de outras coisas será incontrolável…

PSP – Quando você diz que suas 16 viagens à Paris são viagens “inacabadas”, o que quer dizer? Elas serão “concluídas” algum dia?

LFTM – Claro que não! Rsrsrs. Como afirmei acima, Paris é inesgotável. Só para ilustrar, numa das recentes idas, resolvi me hospedar num bairro estritamente residencial. A experiência foi ótima, com a “descoberta” de ótimos bistrots e uma movimentação de pais e filhos nas praças, numa ensolarada manhã de domingo outonal. E saí andando pelo bairro até chegar a uma área mais turística, admirando pelo caminho igrejas, pequenas ruas e um marché (feira – livre) bem animado.

PSP – Em seu livro, nos chamou a atenção suas crônicas “Estórias na História”, com personagens fictícios em diferentes momentos da vida francesa. Essas crônicas foram inspiradas em suas experiências próprias?

LFTM -Em algumas sim, inclusive brincando com alguns amigos e amigas. Em outras procurei homenagear personagens e acontecimentos históricos que marcaram a vida em toda a Europa com forte impacto na França. Por exemplo, numa dessas estórias, falo de Guerra Civil Espanhola, Guernica, Picasso e Espelette, a cidade das pimentas na França Basca.

PSP – Gostaria de deixar mais alguma mensagem aos seus leitores e aos seguidores deste blog?

LFTM – A mensagem é para que procurem absorver conhecimento, em todas as andanças mundo afora. Quando em Paris, sigam seus instintos na busca de novos prazeres. Vocês certamente irão encontra-los. Para os seguidores do blog, o que peço é que disponibilizem as novas descobertas para os outros leitores/seguidores, contribuindo para manter a excelente qualidade das informações e dicas que o Paris Sempre Paris oferece para todos nós que o seguimos.

SOBRE O AUTOR:
Luiz Fernando Teixeira de Macedo é economista, carioca e fez carreira como executivo de empresas privadas, passando também pela área pública nas três esferas de governo. Já aposentado, continua a trabalhar em gestão.

Define-se como um apaixonado por viagens e Paris está obrigatoriamente na rota quando o destino é Europa.

A partir de 2017, vai se dedicar a escrever sobre a França em um blog, já com domínio registrado, a ser lançado no final de 2016.

SOBRE A EDITORA:

A Autografia Editora nasceu ano passado para buscar boas histórias, desde poesias e romances, passando por teses, dissertações e memórias. Não é uma editora de selfpublishing, à medida que realiza todos os serviços: da concepção à publicação.

Entre os diferenciais tem serviços personalizados com custos inferiores aos de mercado e que incluem, entre outros, e-books.

SERVIÇO
Sessão de autógrafos e lançamento
Livro: Dormi em Paris, acordei na França
Data: 02 de dezembro
Horário: 19h
Local: Livraria Timbre – Shopping da Gávea – Rio
Editora Autografia
Autor:Luiz Fernando Teixeira de Macedo
Formato: 14x21cm
Páginas: 208
Preço: R$ 43,00
Vendas: www.autografia.com.br

Paris Sempre Paris
Paris Sempre Paris
Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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