Qual é o melhor sorvete de Paris?

Os três fabricantes mais tradicionais e bem conceituados dessas delícias geladas em Paris são: Berthillon, Amorino e Gelati d’Alberto. Se a pergunta for “Qual deles tem o melhor sorvete de Paris”? A resposta é fácil: Experimente os três. O melhor sorvete de Paris será, para sempre, aquele que você mais gostar. Todos os três oferecem qualidade diferenciada, usam apenas ingredientes naturais (nada de corante, conservante, edulcorante, acidificante ou qualquer outro -ante artificial) e fazem o seu sorvete de forma artesanal – com o capricho que só tem quem conhece e ama aquilo que faz. Por trabalharem somente com frutas frescas selecionadas, a carta de sabores costuma variar de acordo com a época do ano. Mas que tal conhecermos um pouquinho mais sobre cada um desses mestres sorveteiros?

Berthillon

Bertillon

É a mais famosa maison glacier de Paris. Instalada na charmosa rue de Saint-Louis en l’Île, tornou-se uma verdadeira referência quando se fala na Île Saint-Louis. A casa foi fundada em 1954 por Raymond Berthillon e em 1961 já havia sido mencionada pelos emblemáticos jornalistas Gault e Millau no Guide de Paris. Ainda hoje a Berthillon permanece uma empresa familiar, mas além da famosa sorveteria com salão de chá na Île Saint-Louis, dispõe de mais de uma centena de pontos de revenda autorizados na região de Île-de-France.

Segundo o guia The Ten Best of Everything, The Ultimate Guide for Travelers de Nathaniel Lande, a Berthillon figura entre as 10 melhores sorveterias do planeta. Além de turistas de todo o mundo que fazem fila à sua porta, a casa costuma atrair celebridades francesas, como o cantor Georges Moustaki e a atriz de cinema Carole Bouquet – que costumam aparecer por lá sem muita cerimônia. Mas badalação à parte, o que faz mesmo a diferença na Berthillon é o sabor pronunciado do sorvete. Apesar de contar com uma respeitosa gama de sabores tentadores, é o sorvete de morangos silvestres (fraises des bois) que há mais de meio século é considerado o carro-chefe da casa.

Aviso aos viajantes: a Berthillon fecha anualmente para férias entre a segunda quinzena de julho e o final de agosto. Durante esse período, os sorvetes Berthillon não são fabricados nem mesmo para a distribuição aos seus revendedores.

Amorino

amorino

Uma autêntica sorveteria italiana made in France. A marca criada em Paris há 13 anos conta hoje com dezenas lojas espalhadas pelo mundo (das quais 24 em Paris). E esse rápido crescimento é justificado pelas saborosas receitas originais importadas da Itália. Na carta, sabores tentadores e inusitados como tiramisu ou omelete da Noruega. Os fundadores da Amorino são dois jovens amigos de infância de origem italiana que parecem ter a competência aliada ao toque de Midas: Paolo Benassi era gerente da famosa maison de prêt-à-porter Max Mara, e Cristiano Sereni foi o inventor das locadoras de DVD Cinebank – as máquinas de locação de DVD que funcionam como se fossem caixas eletrônicos e que hoje estão espalhadas por toda a França. A primeira unidade da Amorino foi instalada numa antiga Häagen-Dazs que não andava bem das pernas – e a escolha do endereço foi uma aposta ousada: a loja foi aberta no número 47 da rue de Saint-Louis en l’Île, a poucos metros da Berthillon. E o sucesso foi imediato – justamente porque a Amorino aproveitou para abrir suas portas tão logo a Berthillon fechou para as férias anuais de 2002. Os turistas desavisados sobre o fechamento anual da Berthillon foram os primeiros clientes da Amorino.

E se a estratégia dos fundadores foi certeira no início, a qualidade do sorvete Amorino sustentou com mérito a historia de sucesso da marca: algumas das lojas de Paris chegam a atender mais de 1.000 clientes por dia. No laboratório centralizado em Ivry-sur-Seine são elaborados os 24 sabores da marca (20 permanentes e 4 sazonais). Seguindo a tradição da Emilia Romana (região italiana de origem dos fundadores), os sorvetes Amorino são servidos caprichosamente em forma de flor, e não em bolas.

Gelati d’Alberto

alberto

Madrugada em Paris. O Sol já ensaia o seu despertar. E na rue des Lombards, em meio ao comércio ainda adormecido, a atividade segue em ritmo forte: o maître glacier Alberto trabalha na preparação da receita secreta de seu sorvete italiano. Confecciona os sabores do dia de acordo com os produtos que encontrou no mercado. Já segue há 10 anos o mesmo ritual com a mesma dedicação.

Com alguns golpes de espátula, transforma a delicada massa de seu suntuoso sorvete em flor. A casquinha que serve de caule sustenta sabores convertidos em pétalas. Uma técnica de escultura herdada de seu avô e importada da Itália, seu país natal.

E ao passar em frente a Gelati d’Alberto, é praticamente irresistivel não se juntar as dezenas de pessoas que desfilam por sua loja para apreciar o doce sabor das pétalas geladas. Os freqüentadores assíduos tomam seu sorvete como quem degusta um bom café no pequeno ritual ao final das refeições. Já os freqüentadores curiosos estão sempre ávidos por descobrir os novos sabores: panacotta, tiramisu, piña colada, framboesa, torta de limão, Nutella, caramelo ao sal de Guérande… E então? Não parece tentador?

Glacier Berthillon
29-31 rue Saint Louis en l’Île
Metrô: Pont-Marie linha 7
Tel.: 01 4354 3161
Abre de quarta a domingo das 10h00 às 20h00

Amorino
47 rue Saint Louis en l’Île
Metrô: Pont-Marie linha 7
Tel.: 01 4407 4808
Abre diariamente das 12h00 às 24h00

Gelati d’Alberto
12 rue des Lombards
Metrô: Châtelet linhas 1, 4, 7, 11 e 14
Tel.: 01 7711 4455
Abre diariamente das 12h00 às 24h00

Fonte: Blog Viver Paris

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Paris Sempre Paris
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Meu nome é Rogerio Moreira, além de jornalista, sou publicitário e estudei em instituições como PUCC, Unicamp e FGV. Apaixonado por história, acredito que o estudo de nosso passado nos ajuda a entender como nos tornamos o que somos hoje. Nesse blog, busco reunir e compartilhar curiosidades e histórias incomuns sobre Paris e a cultura francesa. Dessa forma pretendo mostrar o lado quase que desconhecido da cidade, fora dos roteiros turísticos tradicionais. Vamos comigo nessa viagem?

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